A Seleção norte-americana
embarcou para a Europa sem suas principais estrelas, com um time até mesmo “desacreditado”
por alguns, mas mesmo assim venceu todos os seus adversários sem maiores
dificuldades na busca pelo pentacampeonato mundial. A vitória de ontem (14/09) sobre a Sérvia por 129 a 92 só reforça o quanto
esse país é dominante na modalidade. Essa conquista em solo Europeu deixa um
recado claro ao restante do mundo: Os Estados Unidos podem vencer qualquer seleção jogando até mesmo com um time alternativo, a prova disso é que
eles foram para a Copa do Mundo da Espanha com seu time considerado "B" e mesmo assim
atropelaram todo mundo.
Os Estados Unidos mandam no
basquete, não atoa eles têm a maior e mais organizada liga profissional do
mundo, isso sem falar na liga universitária (mas isso é assunto para outro post).
A campanha da seleção comandada por Mike Krzyzewski foi cheia de adversário
considerados "duros" antes do Mundial, mas que ao longo da competição não mostraram
qualquer poder de fogo contra o país do basquete. Na fase de grupos os norte-americanos
passaram sem tomar conhecimento por Turquia (vice-campeã mundial em 2010),
República Dominicana, Nova Zelândia, Ucrânia e Finlândia. No mata-mata o time
norte-americano passou por México, Eslovênia, Lituânia e atropelou a Sérvia na final.
Minutos finais do jogo entre Estados Unidos e Grécia no Mundial de 2006
A última derrota da Seleção
Americana de basquete sob o comando de Mike Krzyzewski foi na semifinal do
Mundial de 2006, para a Grécia (101 a 95). De lá para cá os norte-americanos disputaram
65 partidas e venceram todas elas. Em Pequim 2008, no Mundial da Turquia em 2010, em
Londres 2012 e agora no Mundial da Espanha ninguém conseguiu parar o país do
basquete. Os jogadores mudam, mas a eficiência mortal segue sendo a mesma em
todas as competições que eles forem disputar contra qualquer que for a escola.
O domínio dos Estados Unidos nesse
Mundial foi amplo, não atoa eles venceram todos os seus jogos, mas no futuro a
tendência é que essa disparidade entre os norte-americanos e países como França,
Sérvia, Eslovênia, Lituânia, Espanha e até mesmo o Brasil diminua um pouco, mas
ainda não termine.
O basquete está crescendo no
mundo todo, vários países com seleções jovens, cheias de potencial estão
começando a despontar somente agora, o maior exemplo é o Canadá que nem mesmo foi
para esse Mundial da Espanha e que tem jogadores talentosos e promissores.
Sérvia, França e Lituânia saíram desse Mundial com moral, e assim como o Canadá
tem jogadores jovens com muito talento para o futuro. O Brasil que com Ruben
Magnano vem crescendo a cada competição que disputa é outro país que saiu do
Mundial com muita moral e que em 2016 joga em casa. A Espanha seguirá forte pelo
menos até 2016, mesmo tendo sido a decepção do torneio que disputou dentro de
casa.
Essa Copa do Mundo também mostrou
que países sem tanta expressão no basquete como Nova Zelândia, Senegal, Ucrânia
e Filipinas estão querendo começar a despontar para o cenário mundial, e isso é muito
importante para o desenvolvimento da modalidade no mundo todo.
Fato é que hoje em dia o único país que
pode parar os Estados Unidos no basquete em um futuro próximo são eles mesmos.
Se um problema interno não acontecer (leia-se os donos das franquias da NBA
proibirem seus atletas de servir a seleção como acontecia no passado) o domínio
norte-americano em competições FIBA seguirá acontecendo, a prova disso foi essa conquista na Espanha com uma seleção alternativa que tinha média de idade de apenas 24 anos. Mas caso esse "veto" dos donos das franquias não aconteça (e eu torço para que não aconteça porque seria um retrocesso para o basquete) a seleção comandada por Coach K seguirá vencendo jogos e campeonatos por muito e muitos anos.
FIBA World Cup 2014 – Classificação
Final:
FIBA World Cup 2014 - Quinteto Ideal:
Kyrie Irving (Estados Unidos) - 12.1 pontos, 3.6 assistências e 2.6 rebotes
Milos Teodosic (Sérvia) - 13.6 pontos, 4.4 assistências e 2.1 rebotes
Nicolas Batum (França) - 14.6 pontos, 3.1 rebotes e 1.3 assistências
Kenneth Faried (Estados Unidos) - 12.4 pontos, 7.8 rebotes e 0.7 assistências
Pau Gasol (Espanha) - 20 pontos, 5.9 rebotes e 1.4 assistências
FIBA World Cup 2014 – MVP:
Kyrie Irving com médias de 12.1 pontos, 3.6 assistências e
2.6 rebotes por jogo (26 pontos e 4 assistências na final).
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