domingo, 7 de setembro de 2014

Brasil exorciza fantasma e se garante nas quartas da Copa do Mundo de Basquete

(Foto: Andres Kudacki/AP)

Neste domingo, 7 de setembro de 2014, dia do 192º aniversário de sua independência, o Brasil consegue exorcizar um de seus maiores fantasmas: a Argentina de Luis Scola. Com a vitória por 85 a 65 sobre o seu maior rival a Seleção Brasileira garantiu vaga nas quartas de final da Copa do Mundo, e agora enfrenta a Servia na próxima quarta (10 /09) em busca da vaga nas semifinais do torneio.

O jogo

O primeiro tempo foi ruim, os argentinos venceram por 36 a 33 com uma atuação brilhante do armador Pablo Prigioni (15 pontos, 4 rebotes e 3 assistências). Com vários arremessos de fora que mesmo com marcação entravam o que se viu do Brasil foi uma seleção afobada, nervosa e querendo decidir as posses de bola de qualquer jeito. O sentimento já era conhecido, aquele de cair para o maior rival no mata-mata, mas o segundo tempo veio, e aquela angustia foi pelos ares.

A atuação brasileira no segundo tempo foi monumental, foram 52 pontos (21-32 nos arremessos de quadra) contra apenas 29 pontos da Argentina (8-23 nos arremessos de quadra). A Seleção Brasileira engoliu a Argentina nos dois lados da quadra. Os arremessos de fora que foram a grande arma dos argentinos na primeira etapa não estavam mais caindo graças à marcação perfeita do perímetro brasileiro. Outro fator que ajudou na atuação perfeita da seleção de Magnano foi com os problemas de falta que os argentinos Prigioni e Nocioni tiveram no terceiro quarto. 

Tecnicamente a atuação brasileira foi perfeita, mas individualmente a seleção mostrou que é muito mais qualificada que os argentinos, principalmente dentro do garrafão. O jogo coletivo do Brasil prevaleceu sobre um adversário duro, que valorizou a atuação de gala da seleção brasileira. 

Elogiar somente a partida sensacional do armador Raulzinho, a raça feroz de Anderson Varejão, a garra de Nenê e Tiago Splitter e a vontade de querer vencer de Leandrinho e Marquinhos é esquecer dos olhares compenetrados de Huertas (que hoje não foi bem é verdade) no banco de reservas, e esquecer que nosso armador principal em todo tempo estava cochichando no ouvido do menino Raul. É esquecer da importância que caras como Marcelinho Machado e Guilherme Giovannoni tem para esse grupo. 

O que se viu hoje em Madrid foi um dia histórico para o esporte brasileiro, não só por causa da vitória brasileira, mas também pela forma como esse resultado gigante foi sendo construído. Esse grupo de jogadores está permitindo que a gente sonhe com algo a mais do que bater o nosso maior rival em um jogo decisivo. A raça dos jogadores brasileiros em quadra faz com que o sonho de conquistar algo a mais não seja somente mais um sonho distante ou impossível, é possível sim e EU ACREDITO! 

#JuntosSomosMaisFortes  Que venha a Sérvia!

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