Foto: Gaspar Nobrega/Inovafoto
A Seleção Brasileira Masculina de
Basquete inicia no próximo dia 30 de agosto, na Espanha, a sua caminhada rumo
ao tricampeonato Mundial. Diferente do que aconteceu na última Copa América, onde o técnico Rubén Magnano teve que lidar com várias dispensas, seja por conta de lesão ou por problemas de seguro, dessa vez o Brasil vai completo, com todos os jogadores que atuam no melhor basquete do mundo (NBA) e na Europa.
Com o Brasil completo, sem
nenhuma baixa, a expectativa dos torcedores brasileiros é grande, como há
tempos não se via. Para sabermos quais são as reais
chances dos comandados de Magnano, e até onde o Brasil pode ir, nós
chamamos os comentaristas de basquete Guilherme Giavoni, Matheus Cezar Gartner
e Wendell Ferreira para analisarem o que essa Seleção Brasileira pode fazer no Mundial da Espanha.
Guilherme Giavoni, do Bola Laranja e Bola Oval
Acredito que a seleção brasileira
terá dificuldades na primeira fase porque o grupo é extremamente complicado,
com Espanha, França (mesmo desfalcada), Sérvia, Egito e Irã, mas acredito que
avance para a segunda fase. O cruzamento seguinte será com o grupo da
Argentina, parece algo predestinado. Sobre o grupo brasileiro, penso que são os
melhores jogadores disponíveis, Huertas, Leandrinho, Varejão Nenê e Splitter
são de uma grande geração, mas me incomoda profundamente a falta de renovação
da equipe, que é praticamente a mesma que jogou em Londres 2012.
Matheus Cezar Gartner, do Paixão NBA
Todos nós sabemos que o Brasil só
vai participar desse Mundial por causa do famoso convite da FIBA (que por
sinal, foi um convite que custou milhões pra CBB). A Copa América foi desastrosa, porém aquele elenco já
chegou todo despedaçado, muitas dispensas, críticas aos atletas que estavam lá
dando a cara a bater, preparação longe da adequada... Tudo encaminhava para um
fiasco, e foi. Mas e agora? Com os principais nomes disponíveis para o torneio,
como será a participação do Brasil? Não gosto de fazer prognósticos, porém
espero muito desse time. Temos um garrafão poderoso! Temos o privilégio de
contarmos com Nenê Hilário, Tiago Splitter e Anderson Varejão. Nosso grupo de
ala armadores não tem todo o brilho do nosso garrafão, mas conta com atletas de
respeito. Muitos ali já tiveram o contato com a NBA e sabem como a defesa é
importante e vence jogos/campeonatos. Portanto acredito muito que o Brasil pode
ir longe nesse Mundial. Só não podemos cochilar e classificar na quarta
posição. Pegar a seleção americana (provavelmente) logo de cara no mata-mata, o
que seria terrível. Temos potencial gigantesco. Esses atletas quase nunca
conseguem se reunir para vestir a camisa do Brasil, e quando conseguem, podemos
notar a alegria em seus rostos. Representar o nosso país com vontade, raça e
com muita determinação já é uma vitória. Isso é o que eu espero, o resultado
será consequência.
Wendell Ferreira, do Prime Time ZH
O Brasil tem no Mundial da
Espanha a última bala no revólver dessa geração. É uma equipe veterana, a maior
média de idade de toda a competição. E, apesar dos grandes talentos
individuais, nunca conseguiu resultados expressivos. Tudo depende dos primeiros
jogos, como a seleção se colocará no grupo e quem enfrentará nas fases
eliminatórias. Com azar, o time fica pelas oitavas, como em 2010. Com sorte e
jogando o seu máximo, pode sonhar com a medalha pretendida por Rubén Magnano. A
equipe de 2014 inspira confiança. A minha preocupação é com a de 2018.
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